SINOPSE
O interior do país caminha a passos largos para a desertificação. Os velhos sentados nas praças das pequenas aldeias, são imagens usuais nos noticiários. A natureza impõe o ritmo lento. As mudanças no modo de vida tradicional, o trabalho árduo no campo, onde os animais eram a força motriz, vão desaparecendo com o envelhecimento dos indivíduos. Parte do sustento ainda vem da terra. Os mais novos, os poucos que sobraram, procuram emprego nas cidades vizinhas ou no litoral.
A ideia para o desenvolvimento do documentário começou com a construção da barragem, objeto estranho, perturbando a ordem natural das coisas, sinal da modernidade desejada por uns e temida por outros.
A imagem armazenada, imbuída de emoções, como genes, traços ressurgem como um contorno a ser preenchido, consciente de ser uma existência independente. As pessoas tornam-se a essência do discurso do filme.
Durante dois anos, acompanhamos a construção de uma barragem para abastecimento de água às aldeias vizinhas e a influência na subsistência dos habitantes de uma aldeia isolada de montanha, onde o trabalho rural ainda depende do animal.
Com o acompanhamento da construção da barragem de Pretarouca, a morte de uma população envelhecida surge como um prenúncio da extinção de um modo de vida.